quinta-feira, 16 de abril de 2009

O receio do contentamento


Aquele calor, que outrora consumiu lhe a alma hoje, resolveu voltar a atormentar o desejo que mora escondido onde ninguém o consegue observar, no refugio das mentes mais curiosas e observadoras. Naquele sitio onde somente ela consegue ver quando os seus olhos se fecham e entram em sintonia com o seu ser, e onde tudo parece fazer sentido, ate mesmo os gestos e as palavras mais perversas que coabitam no seu interior. Não sendo um dia como outro ela encontrou a poção magica que á tanto tempo procurara, aquela poção que a faz sentir mulher, aos olhos dela e de quem a consegue observar na sua plenitude, e daí surgiram todas as duvidas sobre o que é certo ou errado. Deveria ela aceitar a promessa que recebera naquela noite, onde nada fazia sentido? Aquela que aos olhos da sociedade que a envolve não seria a correcta? Deveria ela desperdiçar o que no seu inconsciente desejava?
Deixando-se consumir pelo medo do incerto recusou o que desejava no seu inconsciente, pelo seu consciente, e não querendo aceitar o que lhe acontecera, ou o prazer que perdera decidiu fechar os olhos e sonhar como se tivesse vivido aquele momento .